sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

A Tijolinho, Vespa 150 Super 1980

 
 
 

 Tijolinho nasceu meio por acaso. Fui passar um fim-de-semana em Nova Friburgo, RJ e reservamos a Pousada das Flores. A cidade é uma delícia, a pousada fica no bairro mais chique, as Braunes, e a vista da varanda e de alguns aptos. é sensacional. Acorda-se sobre as nuvens.
Mas a cereja do bolo, para mim, foi encontrar aquela vespinha no salão de café, como peça de decoração.
O proprietário Felipe não é de muita falação, ainda que extremamente educado, e dele não conseguimos tirar quase nada sobre o porquê da paralisação da linda e relativamente rara 150 Super.
Seis meses depois, mais uma escapada a Friburgo e outra série de perguntas, inclusive a óbvia "Quanto quer na Vespa?".
O Felipe firme na negativa: "Deixa ela aí. Logo depois de recuperá-la toda, o motor resolve não ligar mais. Resolvi aproveitar que ela está tão bonita para mantê-la só de enfeite."
Torrando o saco de vocês, mais seis meses e nova viagem a Friburgo. Só que, na hora de fazer a reserva, fiz jogo duro: "Felipe, só reservo se você topar conversar sobre a venda da Vespa.".
Ele topou e não deu outra. Olha a menina fazendo pose, junto com o Calê, antes de entrar no Caveirão e seguir para a nova casa em Niterói.



A Tijolinho foi direto para o Sr. Antônio, o Careca da Rua Ceará, no Rio. O Careca já correu de Lambretta e é tão corajoso e otimista que sua oficina fica em um porão na Praça da Bandeira. Quem conhece as enchentes desse lugar pode imaginar a quantidade de marcas de altura das enchentes passadas, nas paredes da oficina.

Em uma semana, o Careca e o saudoso auxiliar, MacGyver, retificaram o cilindro, trocaram o pistão e anéis e, com um custo total de R$ 170,00, o 150 cm³ voltou à vida.



Próximo passo: Placa Preta.
Fotos, inspeção, nota 93 e a Tijolinho fez bonito, como a Lindinha, no Auto Relíquias Clube.

 
 
 
 






 
Buscando novas amizades para a vespinha, encontramos a Confraria Rio Vespa Clube onde o Leonardo Dueñas nos recebeu com muito carinho e apresentou a Tijolinho às outras meninas.
A Confraria costuma se reunir na Gávea o que torna um pouco distante a vinda de Niterói. Por isso, participamos pouco dos passeios.
Mas um passeio foi muito bom para ser deixado de lado: a subida da serra de Teresópolis. Ô coisa gostosa enrolar o cabo e arriscar a terrível estabilidade da Vespa nas curvas.  
 
 

 
 
 
 
 
 
Tijolinho continua firme na garagem lá de casa e é sempre uma espera agradável pelo fim-de-semana, quando ela dá seus passeios.

2 comentários:

  1. Ponto de destaque da "retirada" da tijolinho de Friburgo para Niterói foi a conta de passageiros na volta. Subimos a serra em 4 ( Paulo, Calê, eu e um outro ex genro), mas descemos em 5 (tijolinho também é gente). O problema é que, apesar de esbelta, a bichinha requisitou 5 dos 7 lugares do caveirão, não deixando duvidas na cabeça de Paulo:
    - Que se explodam os genros! Quem não quiser pegar o 1001, pode se espremer ali atrás!
    E assim fomos, um escapamento na cara, guidão na costela, roda no tornozelo e sempre escorando a vespa nos quebra molas até Pendotiba.

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